Conex?o ou desconex?o, eis a quest?o!

Bom dia // Boa tarde // Boa noite! 🙂
Quem vos fala ? a Ze’stagi?ria Andrea Menezes a ~pessoa estranha~ que AMA a cidade de S?o Paulo, mais nova colega de galho dos meus amados Ze’s e esta ? a minha primeira postagem #NoGalhoDosZ?stagi?rios. Antes de mais nada, gostaria de agradecer imensamente aos meus colegas de ?rvore pelo convite para juntarmos nossos cachos de banana e debatermos ~xoxial media~.
Confesso que pensei em muitos temas para inaugurar o galho dos Ze’stagi?rios, e lembrei de um assunto/atitude ~pol?mica~: a desconex?o.

Calma, eu explico! Explico e compartilho com voc?s um ~case~ pessoal: no in?cio deste ano passei por grandes mudan?as da minha vida, pouco a pouco fui ficando ansiosa ou, no caso, mais ansiosa do que o normal, percebi que a grande parte da minha ansiedade e stress nascia nas redes sociais e em especial o Facebook; quando cheguei no limite,?me desliguei da Matrix e fiquei off das Redes Sociais.

Sim, me desconectei de todas as redes, utilizando minhas contas apenas profissionalmente e confesso que sofri daquela abstin?ncia pela informa??o, das fotos, dos likes, das mensagem no meu InBox, das cutucadas, dos Check-ins, dos ~assuntos do momento~, dos RTs e dos #FFs, independente da relev?ncia sentia falta de tudo. Conversei com amigos e vi que n?o era a ?nica, uma amiga tamb?m se desconectou depois de ter passado a noite no hospital por causa de stress e outra por ter brigado com o namorado. Enfim, o motivo n?o importava, o fato era que naquele momento v?rios amigos estavam experimentando viver novamente em um mundo totalmente offline, algo que provavelmente n?o vivenci?vamos desde os 13 anos de idade, quando a internet/computadores eram caros e ainda n?o conhec?amos o ICQ. Passei alguns meses desconectada e quando voltei para as redes em Junho desse ano, senti que estava mais consciente e focada quando utilizava as redes.

Tal atitude n?o ? novidade, em 2012 o publicit?rio Felipe Teobaldou criou o Tumbrl 100 dias sem face em que diversos usu?rios relatam suas tentativas de ocupar o vazio deixado pelo Facebook, veja aqui.

Para tentar entender um pouco mais do uso que fazemos ou n?o das redes sociais, conversei com tr?s amigos sobre o uso que fazem dessas ferramentas:

O Desconectado — Andr? de Paula Andreis
Estudante de Arquitetura e Urbanismo, ele utiliza a rede social profissional Linkedin e possui um site com portf?lio de trabalhos.
Contou que j? teve um perfil no orkut e no MSN, mas utilizava muito pouco essas plataformas. Por falta de interesse dos assuntos que s?o discutidos nas redes, optou por n?o possuir nenhum perfil no Facebook, Twitter, Pinterest ou outra rede com um foco mais l?dico e “para conversa??o”.
N?o se sente exclu?do dos convites de eventos ou de os assuntos debatidos por amigos da faculdade em grupos no Facebook, pois seus amigos sempre o colocam a par dessas informa??es, “sempre perguntam, voc? j? est? sabendo daquela festa? Eles j? est?o acostumados com o meu jeito” explica.
Afirma que a informa??o n?o est? exclusivamente nas redes sociais e por isso opta por se informar atrav?s de portais de noticias e acompanha sites de humor como o 9GAG, pensa em ter um smartphone para utilizar as demais ferramentas dispon?veis nesses dispositivos m?veis e comenta “n?o posso dizer que teria, tamb?m n?o tenho nada contra nem a favor”.

A Confusa – Raquel Sonobe Gamom
A estudante de Arquitetura e Urbanismo desconectou-se h? pouco menos de um m?s, h? tempos sentia que perdia valiosas horas do dia no Facebook apenas olhando as postagens, muitas vezes irrelevantes, que apareciam no feed de noticias e acabava deixando os estudos e outras pend?ncias em segundo plano; apesar de n?o ser heavy user, conta que estava se tornando dependente da rede.
Hoje, desconectada, se sente um pouco isolada e alheia ?s informa??es compartilhadas pelos amigos, encontra dificuldades na hora de visualizar algum link que a direciona para uma postagem no Facebook.?”Depois que me desconectei encontro dificuldades em saber informa??es sobre a greve da UNESP Bauru (onde estudo) e de eventos de amigos”, explica.

“Estou participando do programa ‘Ci?ncias Sem Fronteiras’ e sinto que em grupos com participantes desse programa as informa??es chegam muito mais r?pido e de uma forma bem mais f?cil”, afirma e acrescenta contando “fiquei sabendo dias depois que uma colega da faculdade havia embarcado para fazer intercambio e que havia perdido a sua festa de despedida, se tivesse ainda com a minha conta no Facebook isso certamente n?o teria acontecido”.

Por?m nem tudo s?o l?grimas, Raquel conta que desconectada do Facebook conseguiu dedicar-se completamente aos estudos, est? menos estressada e ansiosa, mais focada e concentrada. Tamb?m voltou a utilizar o Twitter, onde afirma encontrar informa??es mais ?teis dos perfis interessantes que segue, como arquitetos influentes, canais de not?cias e perfis criativos.
Atualmente, ela utiliza o Twitter, o Flicker, o Whatsapp, o Pinterest, e pretende voltar para o Facebook em breve, mas com a condi??o de adicionar apenas amigos pr?ximos e que possuam interesses em comum. “A inten??o ? n?o adicionar por adicionar conhecidos, mas n?o sei se consigo” afirma.

O Conectado – Jo?o Guilherme Magioli
O estudante de Publicidade e Propaganda utiliza varias redes sociais, atualizando seu status diversas vezes por dia nas plataformas em que ? cadastrado.
Confessa que anteriormente tinha dificuldade em conciliar sua vida online com sua vida offline, “antes, o uso das redes me atrapalhou bastante, tinha que fazer um trabalho para a faculdade ou mesmo ler um livro e acabava ficando horas no Facebook, quando via j? estava atrasado com minhas demandas pessoais”, conta. “Hoje, j? sei lidar com isso”, explica.
Selecionar informa??es que julga relevante, interessante e legal postado pelas p?ginas e pelos amigos foi a estrat?gia de Jo?o para acessar com mais facilidade um conte?do de qualidade. “J? cheguei a curtir mais de 1.000 p?ginas, hoje, segmento o que quero ver no meu feed por interesses. Pode parecer dif?cil no come?o, mas o resultado vale a pena”, conclui.

Relembrando minha experi?ncia pessoal e levando em conta os depoimentos acima, creio que o segredo n?o ? estar ou n?o conectado, mas sim o uso consciente da rede.?E voc?s, o que acham?