Um pequeno objeto para o homem…

O seu podcast sobre Marketing Digital

Um pequeno objeto para o homem…

05/09/2013 Z?Ditorial 0

…uma mudan?a gigante para a humanidade!

 

Recentemente, realizei uma breve ?desintoxica??o digital?. Aproveitei uma viagem necess?ria para quest?es familiares em uma cidade paradis?aca conhecida com ?Arma??o dos B?zios?, para (tentar) me desconectar por uma semana. O ?retiro? duraria de 12h de quarta (28/08) at? 12h de ter?a (03/09). Todas as postagens de clientes foram agendadas, campanhas de Facebook e Google setadas e rodando e uma pessoa de confian?a ‘de olho’ em tudo, com acesso livre para me localizar a qualquer momento, tamb?m deixei uma lista de tarefas para os Z?s n?o esquecerem de nada (mentira, era s? pra eles n?o esquecerem de mim! =P).

Levei comigo, papel, caneta e o smartphone. Apenas desativar a internet no seria algo muito f?cil de burlar, ent?o, para fugir da tenta??o, desinstalei Whatsapp, Facebook Messenger e Chrome e desativei as notifica??es de e-mails, Twitter, Facebook, Line, WeChat, Instagram, G+, Tumblr, Keep, Foursquare, Vine, Currents e BeyondPod (ufa!) que s?o os meus Apps insepar?veis e me programei para fazer dois acessos ?autorizados?, apenas para leitura de e-mails.

Fiquei 98 horas totalmente desconectada da internet. Sim, sem acessar a rede mundial ~de computadores (?)~. Esse ? o momento que voc?s dizem ?Uaaaaaaaaaaaauu! Que phoda!?.

 

Mas tamb?m, com esse cen?rio, fica f?cil desconectar.

Mas tamb?m, com esse cen?rio, fica f?cil desconectar.

 

Trocando uma ideia sobre isso com uma jornalista argentina que conheci na praia enquanto esper?vamos nossos bons drinks (esqueci de perguntar o nome, desculpem!), ela me disse uma frase que achei engra?ada, mas que faz todo o sentido e foi o start para a composi??o desse post. ?Antes, a gente tinha uma bolsa cheia de coisas que serviam para fazer v?rias coisas. Agora a bolsa continua cheia de coisas, mas a gente s? usa uma para fazer tudo: o smartphone?.

N?o ? por acaso que em um ano, o mobile ?roubou? 3% dos acessos dos PCs e notebooks. No mesmo per?odo, as m?dias sociais foram respons?veis por 274.068.465 impress?es de ads. Caros, Z?s, eu estou falando ~apenas~ de Brasil, que ali?s ? a s?tima pot?ncia em acesso ? internet no mundo. Isso com uma infraestrutura rid?cula, especialmente quando o assunto ? 3G (Ou seria 0,5 G?).

Como diria o Capit?o Nascimento, ?o sistema ? foda, parceiro?. Logo, n?o ? por acaso que Oi, Tim e Claro fizeram parcerias com o ~Feice~ para tornar gratuito o acesso ? rede do ~Tio Mark ~. E muito menos acaso ainda, o pr?prio Facebook se associou a outras seis gigantes da tecnologia no projeto Internet.Org, que ?? uma parceria global entre l?deres em tecnologia, organiza??es sem fins lucrativos, comunidades locais e especialistas que est?o trabalhando juntos para levar a internet at? os dois ter?os da popula??o mundial ainda sem acesso?.

Eu sobrevivi a 98 horas sem internet, mas n?o sobrevivi a 8 horas sem smartphone. Fosse para usar calculadora, rel?gio, joguinhos, GPS, lanterna, calend?rio, ouvir m?sica, c?mera, o Fecha a Conta… Sempre ele, ali, colado em mim, como um membro do corpo. Infinitamente mais importante e indispens?vel que o ap?ndice ou as am?gdalas, por exemplo. No domingo ? tarde (dia em que ca? em tenta??o e acessei tudo), me dei conta de que se a internet foi a revolu??o dos anos 2000, a mobilidade ? a revolu??o desta d?cada. Em minha exist?ncia de ? de s?culo (que ali?s fa?o parte do grupo mais expressivo da audi?ncia online brasileira ? adultos de 25 a 35 anos, segundo a ComScore), nunca antes na hist?ria deste planeta, um objeto causou tamanha depend?ncia para a exist?ncia humana (se bem que o tamagoshi fica no p?reo…). E notem que o smartphone ? s? a ponta do iceberg, vem a? os smartwatches, glasses e uma infinidade de novos membros para seu corpo.

Desconfio que a Brigitte Bardot s? est? a? at? hoje porque quando ela chegou ainda n?o haviam inventado o smartphone.

Desconfio que a Brigitte Bardot s? est? a? at? hoje porque quando ela chegou ainda n?o haviam inventado o smartphone.

Meu objetivo aqui n?o ? demonizar o pobre?do mobile. Somente o uso inconsequente, especialmente por n?s, profissionais de comunica??o. Vivemos uma onda de ‘humanizar’ marcas, empresas e neg?cios. Estamos esquecendo que humanas mesmo s?o as pessoas e que nossa responsabilidade ? cada vez maior sobre aquilo que ? entregue para elas. Com o crescimento do mobile, as estrat?gias de marketing e publicidade est?o mais que inseridas na vida do usu?rio, elas est?o em seus bolsos, pulsos e olhos.

Parece exagero? Fa?a um teste. Observe o comportamento de um usu?rio m?dio. Sua m?e, ou aquela tia que adora falar da novela. Qualquer pessoa que n?o seja heavy user de internet, mas que possua um brinquedinho desses. Aposto que voc? vai perceber os sintomas da depend?ncia.

Para encerrar, quero deixar com voc?s duas frases para reflex?o, ditas pelo presidente da Thymus Branding, Ricardo Guimar?es, durante um evento online promovido pelo Google, h? algumas semanas. ?A gente fica reverenciando a tecnologia, mas era ela que deveria servir ?s pessoas? e ?o humano ? muito mais preciso que as m?quinas?.

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**Todos os dados citados neste post foram retirados do Brazil Digital Future in Focus 2013, estudo divulgado em mar?o pela ComScore que voc? pode acessar (e baixar) clicando aqui.

 

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